quinta-feira, 31 de maio de 2012

O perdão nos liberta


Amigos, é preciso aprender a perdoar para seguir a caminhada  desta vida com leveza e plenitude.
O perdão nos liberta de algemas pesadas que fazem tanto mal  ao espírito e ao corpo físico.
A grande dificuldade que ainda temos em perdoar, com o coração,  vem do orgulho que há tanto tempo carregamos.  Outro peso desnecessário à nossa existência, é a vaidade. É necessário colocar em prática aquilo que Jesus nos ensinou  através dos seus ensinamentos, e também através deste intercâmbio 
maravilhoso  permitido por Deus nosso Pai que são seus Anjos.
Perdoem-se primeiramente, libertem-se da culpa que carregam e verão como ficará mais fácil de perdoar ao seu semelhante.Quando errar de novo, perdoe-se de novo e siga em frente pois assim estarás evoluindo e crescendo, e não se esqueçam que o perdão é uma bela prova de Amor.
 

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Estudiosa defende importância do estudo da fé como mecanismo de cura

Estudiosa defende importância do estudo da fé como mecanismo de cura        A doutora em estudos religiosos da Universidade de Indiana, Candy Gunther Brown, lançou recentemente o livro Testing Prayer: Science and Healing (Testando a prece: Ciência e Cura, em tradução livre), que relata casos de sucesso da aplicação de orações no tratamento de doentes e demonstra como o método de cura pela prece é usado por diferentes culturas.


Brown afirma que pesquisadores devem deixar de lado seus preconceitos e estudarem a fundo como o sobrenatural pode influenciar na cura de doenças e melhorar a saúde pública. “A verdade é que as pessoas rezam pela cura e isso pode ter um efeito sobre a saúde delas. Não importa se os efeitos da prece são positivos ou negativos, é preciso descobrir se rezar pela cura de problemas de saúde faz diferença para que possamos proteger a saúde pública”, afirma.
Questionada, em entrevista ao Terra, se estudar a influência da oração na cura de doenças não seria similar a tentar provar a existência de unicórnios, a estudiosa afirmou: “O exemplo dos unicórnios não tem importância, pois a existência ou não deles não tem consequências para o mundo real. Mas cura pela oração tem consequências para o mundo real”.
Brown afirmou ainda que estudou especificamente a oração cristã, e que usou testes clínicos para comprovar a eficácia das orações como ferramenta de cura.
Leia a entrevista na íntegra.
Terra: Por que cientistas, que precisam lutar para conseguir financiamento para estudos convencionais e fundamentais para a descoberta de novos tratamentos médicos, deveriam se dedicar a estudar algo polêmico e difícil de ser determinado como o poder das orações na cura de problemas de saúde?
Brown: A verdade é que as pessoas rezam pela cura e isso pode ter um efeito sobre a saúde delas. Não importa se os efeitos da prece são positivos ou negativos, é preciso descobrir se rezar pela cura de problemas de saúde faz diferença para que possamos proteger a saúde pública.
Terra: Mas provar que a oração pode ou não ser eficaz para o tratamento de doenças não seria algo impossível de ser constatado visto seu caráter subjetivo e sujeito a interpretações pessoais? Não seria como, por exemplo, tentar provar ou desprovar a existência de unicórnios? Nunca alguém provou ter visto essas criaturas mágicas, mas cientificamente, isso não é prova suficiente de que unicórnios não existem e algumas pessoas ainda podem acreditar que eles existem.
Brown: O exemplo dos unicórnios não tem importância, pois a existência ou não deles não tem consequências para o mundo real. Mas cura pela oração tem consequências para o mundo real. Assim como pessoas que usam outros métodos para tentar aprimorar a saúde, seja pelo meio da medicina, de curandeiros ou de outros tipos de práticas ou alternativas. Portanto, essa é uma questão relevante para os cientistas preocupados com a melhora da saúde pública.
Terra: Atualmente, a ciência parece mais ou menos aberta ao sobrernatural?
Brown: Depende do lugar. A ciência provavelmente está mais aberta ao sobrenatural no Brasil do que nos Estados Unidos. Mas mesmo nos EUA, as pesquisas sugerem que até 73% dos médicos acreditam que algum tipo de cura acontece por meio de causas sobrenaturais ou miraculosas. Na maior parte da história e na maioria das culturas sempre houve uma expectativa de que existe uma relação entre o sobrenatural e o natural. Mas, por volta do Período do Iluminismo até o século passado, houve uma menor crença no sobrenatural, particularmente no mundo ocidental. No entanto, acredito que estamos voltando a ter uma maior abertura em relação ao sobrenatural, conforme as pessoas concluem que a ciência não oferece todas as explicações para o que acontece no mundo. Mesmo com os melhores tratamentos médicos nem todos os problemas de saúde podem ser curados e não existe possibilidade de encontrar cura para eles no futuro próximo.
Terra: Culturas diferentes rezam de modo diferente?
Brown: Esse é o caso até mesmo em regiões diferentes de um mesmo país, mas também existe um tipo de cultura cristã global, com grupos que atuam em diversos países. Um dos grupos que estudei foi o grupo americano Global Awakening (Despertar Global) que visita o Brasil diversas vezes a cada ano e participa de uma rede com um grande número de igrejas e denominações brasileiras. Parte do que esse grupo faz é compartilhar práticas religiosas. Assim, as práticas brasileiras influenciam o modo pelo qual os americanos rezam pela cura de doenças e vice-versa. Um exemplo dessa troca é que os americanos adotaram parte da expectativa que os brasileiros têm com respeito ao sobrenatural, enquanto que os brasileiros adotaram maneiras mais democráticas de rezar pela cura. No passado, muitas igrejas brasileiras tinha um pastor ou um líder que fazia a maior parte das orações pela cura, mas cada vez mais acontece que todos os membros de uma congregação reza pedirem pela cura de algum problema de saúde.
Terra: A senhora já viu alguém ser curado pela reza no Brasil?
Brown: Essa é sempre uma pergunta difícil de ser respondida. Eu certamente encontrei pessoas que acreditavam ter sido curadas. Um caso interessante aconteceu em Imperatriz, no Maranhão. Uma mulher contou que, dois anos antes, ela pesava apenas cerca de 38 kg e cuspia sangue, pois era vítima de câncer do tórax. Os médicos a consideraram uma causa perdida, depois que fizeram tudo que podiam por ela e a mandaram para casa para morrer. Ela foi a uma sessão do Global Awakening como um último esforço. As pessoas rezaram por ela por algumas horas e, naquele mesmo momento, ela começou a se sentir melhor e forte o suficiente para levantar e cantar. Ela ainda está bem e trabalha como radialista. Também encontrei pessoas que tinham problemas de visão ou audição e que haviam sido curadas.
Terra: Esses casos de cura foram comprovados?
Brown: Na minha pesquisa eu não apenas confiei no que as pessoas diziam ter acontecido, mas também usei testes clínicos. Contei com uma equipe que realizou testes com audiometro e de visão em Moçambique e no Brasil, comprovando melhoras na audição e na visão das pessoas que acreditavam ter sido curadas. Essas pessoas tinham realmente melhorado por causa das orações, e a melhora delas era tão grande que fomos capazes de atingir um significado estatístico padrão, sugerindo que isso não era apenas uma coincidência e que o efeito era real.
Terra: A oração pela cura funciona em qualquer tipo de religião?
Brown: Estudamos especificamente a oração cristã. Mas há diversos estudos realizados nos EUA que sugerem que outros tipos de práticas religiosas não geram os mesmos efeitos. Não sei se já foram realizados estudos com umbanda e camdomblé ou outras práticas usadas no Brasil. Não acho que podemos pressupor que um tipo de prática religiosa é tão bom quanto outro.
Terra: Muitos dizem que, se rezar realmente funcionasse, todos os campeonatos brasileiros de futebol terminariam em empate. O que a senhora tem a dizer sobre esse argumento?
Brown: Argumentos semelhantes são feitos nos EUA, e já foram realizados estudos sobre rezas que as pessoas fazem à distância para alguém que nunca encontraram, que imagino se enquadrar no exemplo do futebol. Mas algo acontece em encontros pessoais que dá um elemento social à reza e parece fazer uma diferença em como as pessoas rezam, o que dizem, no que acreditam. Parece que são observados mais resultados em rezas com contato pessoal. Não precisa ser um grupo grande de pessoas. Muitos exemplos que tenho incluem situações bem privadas, sem música alta nem demonstrações de emoção.
Terra: Os grupos que promovem a cura pela reza não estariam explorando pessoas desprivilegiadas e sem instrução e, por isso, são tão populares em países pobres?
Brown: Muitas dos representantes desses grupos também são pobres. A explicação para o cristianismo estar crescendo nos países em desenvolvimento é que muitas pessoas estão rezando pela cura de condições de saúde e acreditam estar sendo curadas.
Terra: A senhora recomendaria que as pessoas procurassem a cura de seus problemas de saúde pela oração?
Brown: Todos nós queremos tornar a saúde pública o melhor possível e apoiar o que é bom para a saúde como um todo. O que estou buscando pode ser empircamente demonstado como maneiras eficazes de buscar a cura para problemas de saúde. Particularmente nos países onde os recursos médicos são limitados, faz sentido buscar métodos que não exijam esses tipos convencionais de tratamentos médicos.

VIDEOAULA 1 - APRENDENDO ESPIRITISMO

EXILADOS DE CAPELA - FILME EXPLICATIVO

LEONARDO BOFF - FALA DE ESPIRITISMO E CHICO XAVIER

O VERDADEIRO CRISTÃO COMPREENDE A IRMANDADE ...
FANTÁSTICA FALA DE UM CRISTÃO, SÁBIO E FILÓSOFO!!!!

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Interrupção Criminosa


As discussões a respeito dos anencéfalos terem ou não o direito de nascer, a cada dia nos traz novas facetas.

Religiosos, médicos, políticos, mulheres que lutam por direitos opinam. Uns contra, outros a favor da interrupção da gravidez em tais casos.

Nada mais oportuno, portanto, do que tornarmos a enfocar a delicada questão do abortamento que, sempre que provocado, e não tendo por objetivo salvar a vida da mãe, é criminoso. Embora a lei humana estabeleça o contrário, a Lei Divina diz que está se matando uma vida.

O embrião não é apenas uma promessa de vida. É uma vida em desenvolvimento, que guarda um viajor da eternidade prestes a iniciar a jornada humana, assim, quando se interrompe artificialmente a gravidez, comete-se um assassinato e, ao mesmo tempo, se fecha a porta da reencarnação para alguém que estava chegando.

Mesmo que a expectativa de vida seja de poucas horas, por que não lhe permitir a experiência?

Nenhuma reencarnação é ocasional. Todas obedecem a um planejamento prévio do Espírito, que deseja e tem necessidades de resgatar débitos do passado e prosseguir na escalada do progresso. Colocar obstáculos a essa meta é, sempre, ferir a Lei Divina, mesmo porque, quem pode garantir o veredicto de poucas horas de vida?

O cérebro é tão complexo que os cientistas trabalham incessantemente para lhe descobrir o funcionamento. Sabe-se que ele é delicado, que pequenos ferimentos ou choques podem danificá-lo de forma permanente e, em sendo danificado, pode-se perder reações, sentidos. No entanto, a literatura médica cita muitos casos de graves lesões cerebrais que não afetaram de forma alguma os pacientes.

No ano de 1935, em Nova Iorque, um bebê viveu 27 dias no hospital Saint Vincent. Sempre pareceu normal e saudável. Ele chorava, comia e se movia. Somente depois de sua morte é que os médicos descobriram que a criança era destituída de cérebro.

Caso mais extraordinário é o relatado pelo doutor alemão Hufeland, um especialista em cérebro, ao realizar a autópsia de um homem paralisado, que fora bastante racional até o momento da sua morte. Ele simplesmente não encontrou o cérebro - somente 310 gramas de água.

Verifica-se assim que, embora o avanço da ciência médica, a cada dia o homem é convidado a admitir que muito tem ainda a aprender, a descobrir.

Dessa forma, o filho que está a caminho, sejam quais forem as circunstâncias em que venha ao mundo, deve sempre ser considerado como alguém que necessita da experiência do retorno. É alguém enviado por Deus para oferecer à gestante a mais elevada de todas as funções: a de ser colaboradora do Criador na obra da Criação.

Quem pode afirmar, sem sombra de dúvida, que o bebê não viverá ou que viverá apenas poucas horas? Quantas vezes a ciência já se equivocou e necessitou rever apontamentos e deduções?

Não seria mais coerente, em casos semelhantes, permitir-se o nascimento e deixar que o fio da vida se rompa, de forma natural, quando estabeleça a Justiça Divina?


*   *   *

É no momento da concepção que o Espírito se une ao organismo em desenvolvimento. A reencarnação começa, pois, no momento em que o óvulo é fecundado pelo espermatozóide.

*   *   *

Não ignores a presença de Deus na tua vida. Pensa e age sempre com a certeza de que Ele vela por ti e que não caminhas a sós.

Fonte: Redação Momento Espírita

Aborto de anencéfalo

sábado, 21 de abril de 2012

nova palestra

PALESTRA NOVA A SER APRESENTADA NO CENTRO ESPÍRITA AMOR E CARIDADE - CEAC, NOS DIAS 22,23,25 E 27 DE ABRIL. PALESTRANTE YARA MORAES RAPINI ZALAF , Produção de Clips Musicais Jenny Ivone Rapini Concer, Produção e Filmagem Video e Áudio Tânia Simonetti, Produção emocional, organizacional, operacional e mais todos os"ALS" da minha vida Munir Zalaf Filho. A Energia que flui tanto no Salão como na produção é sempre vinda de vocês todos que prestigiam o nosso humilde trabalho. Bjusss.

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Blog Wanderley Oliveira - Blog Wanderley Oliveira

Blog Wanderley Oliveira - Blog Wanderley Oliveira

Suicídio e aborto de anencéfalos


Com tristeza recebemos do Supremo Tribunal (STF) o placar de 8 a 2. Embora o Brasil tenha hoje um expressivo número de espíritas, ainda não somos capazes de influenciar e ajudar ministros.
O que liga o comportamento suicida ao aborto de anencéfalos?
São dois temas que não eram muito discutidos nas Casas Espíritas, embora encontrassemos nelas cartazes da FEB, incluindo a eutanásia e as drogas..
O que liga o aborto de anencéfalos aos suicidios são aqueles cometidos à partir de altos edifícios, em prédios como o da Universidade do Estado do Rio de Janeiro – UERJ.(1,2)
Através da mediunidade recebemos informações que nos ajudam a refletir. Na noite de 11 de abril de 2012, quando o Supremo Tribunal estudava a questão do aborto do anencéfalo, o espírito Joanna de ângelis (1) nos recorda que: “nada no universo ocorre como fenômeno caótico, resultado de alguma desordem que nele predomine. O que parece casual, destrutivo, é sempre efeito de uma programação transcendente, que objetiva a ordem, a harmonia. De igual maneira, nos destinos humanos sempre vige a Lei de Causa e Efeito, como responsável legítima por todas as ocorrências, por mais diversificadas apresentem-se.”

Joanna comenta a deserção do ser revoltado, diante de problemáticas que parecem não ter solução, explicando que “desequipado de conteúdos superiores que proporcionam a autoconfiança, o otimismo, a esperança, essa revolta, estimulada pelo primarismo que ainda jaz no ser, trabalhando em favor do egoísmo, sempre transfere a responsabilidade dos sofrimentos, dos insucessos momentâneos aos outros, às circunstâncias ditas aziagas, que consideram injustas e, dominados pelo desespero fogem através de mecanismos derrotistas e infelizes que mais o degrada, entre os quais o nefando suicídio.”
Na “imensa gama de instrumentos utilizados para o autocídio, o que é praticado mediante quedas espetaculares de edifícios desarticula o cérebro físico e praticamente o aniquila…”
No dia 12 de agosto 2011, estivemos num simpósio na UERJ (2). Quando lá chegamos observamos a comunicação visual, no hall dos elevadores, unindo arquitetura e prevenção.
“Torre Eiffel. 370 pessoas se suicidaram de 1898 até 1971. Foram colocadas grades protetoras.”
“Reichstag (Berlim). Novas barreiras de segurança e aumento do efetivo policial para evitar os frequentes suicídios que ocorrem da sua cúpula.”
“Não ficariam aí, porém, os danos perpetrados, alcançando os delicados tecidos do corpo perispiritual, que se encarregará de compor os futuros aparelhos materiais para o prosseguimento da jornada de evolução. É inevitável o renascimento daquele que assim buscou a extinção da vida, portando degenerescências físicas e mentais, particularmente a anencefalia.”(1)
Joanna assevera: “muitos desses assim considerados (anencéfalos), no entanto, não são totalmente destituídos do órgão cerebral. Há, desse modo, anencéfalos e anencéfalos.”
Por causa do erro médico, o Conselho Federal de Medicina criou uma comissão especial para normatizar o diagnóstico de fetos anencéfalos. O grupo tem dois meses para estabelecer os critérios. (3) Além disso o Brasil contará com mais 30 hospitais para atender a demanda.(4)
Por outro lado, mesmo os verdadeiros anencéfalos, diz Joanna de Ângelis, “necessitam viver no corpo, mesmo que a fatalidade da morte após o renascimento, reconduza-os ao mundo espiritual.
Interromper-lhes o desenvolvimento no útero materno é crime hediondo em relação à vida. Têm vida sim, embora em padrões diferentes dos considerados normais pelo conhecimento genético atual…
Não se tratam de coisas conduzidas interiormente pela mulher, mas de filhos, que não puderam concluir a formação orgânica total, pois que são resultado da concepção, da união do espermatozoide com o óvulo.
Sucede, porém, que a genitora igualmente não é vítima de injustiça divina ou da espúria Lei do Acaso, pois que foi corresponsável pelo suicídio daquele Espírito que agora a busca para juntos conseguirem o inadiável processo de reparação do crime, de recuperação da paz e do equilíbrio antes destruído.
Quando as legislações desvairam e descriminam o aborto do anencéfalo, facilitando a sua aplicação, a sociedade caminha, a passos largos, para a legitimação de todas as formas cruéis de abortamento.”
Essa foi também uma das preocupações do ministro Lewandowski: “abriria portas para a interrupção da gravidez de inúmeros embriões”(5) e torna válida a questão que fizemos anteriormente: e depois dos anencéfalos? (6)
Joanna adverte-nos: “… e quando a humanidade mata o feto, prepara-se para outros hediondos crimes que a cultura, a ética e a civilização já deveriam haver eliminado no vasto processo de crescimento intelecto-moral. Todos os recentes governos ditatoriais e arbitrários iniciaram as suas dominações extravagantes e terríveis, tornando o aborto legal e culminando, na sucessão do tempo, com os campos de extermínio de vidas sob o açodar dos mórbidos preconceitos de raça, de etnia, de religião, de política, de sociedade…
A morbidez atinge, desse modo, o clímax, quando a vida é desvalorizada e o ser humano torna-se descartável.”
Poderíamos dizer que, na política do aborto, o que se queria era “desumanizar” o embrião.(7)
Joanna apela: “compadece-te e ama o filhinho que se encontra no teu ventre, suplicando-te sem palavras a oportunidade de redimir-se. Considera que se ele houvesse nascido bem formado e normal, apresentando depois algum problema de idiotia, de hebefrenia, de degenerescência, perdendo as funções intelectivas, motoras ou de outra natureza, como acontece amiúde, se também o matarias?
Se exercitares o aborto do anencéfalo hoje, amanhã pedirás também a eliminação legal do filhinho limitado, poupando-te o sofrimento como se alega no caso da anencefalia.”
Toda criança anancéfala é um espirito reencarnado? (8)
Em “O Cirurgião e a Doença da Negação” (9) comentamos a dificuldade do médico diante do alcoolismo e dissemos que o final poderia ser diferente. Conta ele que tinha mania de arma, fez tiro ao alvo. Um dia o filho tirou tudo de casa, porque ele estava com a intenção de dar um tiro na cabeça. A dependência química, não só pelo álcool, é também capaz de, por si só, desestruturar o modelo organizador biológico e por isso levar a quadros, que sem o devido critério, poderiam, à primeira vista, ser diagnosticados como anencefalia. Imagine isso agravado pelo tiro no crânio. Joanna comenta que o autocídio por arma de fogo oferece os mesmos efeitos das quedas espetaculares dos edifícios ou de abismos.
Depois desta decisão do STF, creio que deveremos adotar uma “caderneta de preces especiais”, como aquela de Divaldo P. Franco, onde ele colocou “o suicida do trem”. (10)
Fontes:
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domingo, 15 de abril de 2012

SOCIEDADE E REENCARNAÇÃO



Queridos Irmãos em Cristo,
Nesse momento grave pelo qual passa a humanidade, fileiras de espíritos rogam por um futuro melhor.
Há tanto sofrimento no planeta que não nos sobra tempo para conjecturar sobre dores menores ou coisas pequenas que parecem atribular o dia-a-dia.
Diante das almas gritantes solicitando  socorro, enumeram aqueles que se envolvem na violência, no crime, no hediondismo como forma de fuga de si mesmo e da própria realidade da alma eterna que hoje pede melhoria e reconstrução.
Portanto, a discussão é pura perda de tempo, tão pouco tentarmos salientar a origem da violência e suas conseqüências ...
O que cabe a nós, pobres candidatos ao exército de Nosso Senhor Jesus o Redentor, é arregaçar as mangas e de olhos cerrados a qualquer possível olhar crítico, trocá-lo pelo da piedade.
Nossos irmãos, quer aceitemos ou não, exigem de nós reparação do passado no hoje doloroso.
De uma forma ou de outra essas almas retornaram para nos alertar que deixamos coisas a serem resolvidas, e na mesma sociedade que um dia desorganizamos, somos chamados a reorganizar. Assim é a Lei... A Lei será cumprida de uma forma ou de outra...
Quando o coração munir-se de amor e piedade é claro que ficará muito mais branda a caminhada, mas nem sempre tem sido  assim... Tão pouco a aceitação que “esses” são “nossos” irmãos.
Acreditar na reencarnação como algo fora do processo das nossas vidas sendo apenas  um processo físico-químico fazendo parte de uma ciência de laboratório, não é a proposta do Cristo. Quando Nosso Senhor Redentor nos diz que é preciso nascer de novo, ampliando e consolidando o postulado básico da reencarnação como o ápice da Justiça e Bondade Divina, nos convida, ou melhor, nos convoca a aceitá-la como fator de regeneração das nossas próprias idéias na aceitação daquele que hoje mata, espanca, rouba e agride, como única forma de dizer: ”estou aqui, de volta, gritando por socorro.”
Reflitam...
Não existem fórmulas, nem formas únicas ou prontas de reconstrução do “SER”, porquanto este é um caminho solitário, único e extremamente particular de cada espírito imortal na sua viagem rumo a Luz.
Queridos Irmãos, a cada qual a sua jornada, a cada qual o seu fardo, a cada qual as suas glórias. O mundo está cheio de desafios e todos aguardando de nós esperança, força e disposição para o trabalho. Aceitemo-nos pois cada um “ainda" trajando o "traje" que lhe convém, porquanto estamos muito longe de nos livramos das mazelas e amuletos que nos prendem às dores da nossa alma e que nos remetem à nossa vida que é preciso ser revista.
Mais uma vez a palavra do senhor: “É preciso nascer de novo pra ver o Reino dos Céus.”

Um forte abraço, de um amigo que muito luta,
                                                                         José

(mensagem psicografada durante reunião de dirigentes na manhã de 14 de abril de 2012 no Centro espírita amor e Caridade na Cidade de Bauru São Paulo)

Palestra Completa - Família - Educandário de Paz

segunda-feira, 12 de março de 2012

QUANDO NOS AFASTAMOS DE DEUS

Sabemos que a Terra é o campo de luta onde o principal inimigo que temos  a vencer está dentro de nós mesmos.
Fazemos questão de fortalecer esse inimigo, seja pelos nossos pensamentos, seja pelas nossas atitudes negativas.
Deixamos que ele nos domine e permitimos que ele aniquile aquilo que temos  de bom em nós, como o ânimo, a coragem, a boa vontade, a alegria e a confiança.
As armas usadas por esse inimigo são os pensamentos e sentimentos de medo, revolta, raiva, rancor, mágoa, inveja, vaidade ferida. É o inimigo chamado orgulho que toma conta de nós. Esse inimigo não permite que pensamentos e sentimentos de humildade, de paciência, tolerância, paz, alegria e amor possam se manifestar em nós.
Por outro lado, existe em nós uma presença, uma semente que vem de Deus e nela somente o bem prevalece. O mal só nos acomete e nos vence quando nos afastamos de Deus, do seu amor e das suas Leis, que são voltadas somente para o bem, a paz, a justiça, a harmonia e o amor.
Por isso, não tenhamos medo nem nos entreguemos a esse inimigo que há em nós. 
Podemos vencê-lo, se permitirmos que nosso Pai nos auxilie e nos inspire nessa caminhada, com os bons pensamentos e sentimentos, principalmente com a prática da caridade e do Amor verdadeiro, que são os únicos atributos  que nos levarão à vitória e à glória de uma felicidade jamais sonhada por qualquer um de nós!


Postada em sexta-feira, 9 de março de 2012 

www.gotasdepaz.com.br
 

domingo, 4 de março de 2012

O centro espírita no combate ao suicídio

O Centro Espírita deve ser um foco de luz na Terra que clareia caminhos, apazigua corações, cura feridas da alma, instrui, conforta e faz a criatura sentir-se num ambiente familiar, como se estivesse em sua própria casa em conversa com amigos queridos, em que pode falar de seus dramas, medos e angustias, sem qualquer constrangimento.
Pode parecer estranho o início deste artigo, mas irei explicar melhor. É que na Terra deparamo-nos com dores das mais diversas e muita gente arrefece o ânimo, literalmente cai e se entrega ao desalento. Quando isto ocorre as portas para que a idéia do suicídio comece a perseguir a pessoa estão abertas.
Trabalhando neste tema com mais dois amigos – o suicídio – que, aliás, foi abordado por Kardec diversas vezes, deparamo-nos com uma infinidade de casos que nos entristecem e mostram a urgência e necessidade que se tem de fazer ecoar a voz dos Espíritos por todos os cantos deste planeta para que livre toda e qualquer criatura da idéia de exterminar a sua existência.
No presente texto não iremos levantar dados, tampouco nos aprofundar nas questões que levam o sujeito a tentar colocar um ponto final em sua aventura na Terra. Nosso intento é o de apenas sugerir para que dirigentes, diretores e coordenadores se reúnam e procurem alguma forma de montar uma central de atendimento direcionada ao público que acalenta a idéia do suicídio.
Muitos dirão que há o atendimento fraterno e que os trabalhadores estão preparados para desenvolver tal atividade. Concordo, há, sim, o sublime trabalho de atendimento fraterno. A própria USE Intermunicipal Bauru tem um grupo competente que promove cursos para diversas casas espíritas que querem implantar o atendimento fraterno em suas fileiras.
Todavia, refiro-me mais precisamente a oferecer algo que seja específico aos casos de suicídio. Seja atendimento por telefone, carta ou email – muitas vezes a pessoa fica constrangida de comparecer pessoalmente ao local, mas que os centros espíritas pensem seriamente na proposta de fornecer um atendimento personalizado ao público que intenta exterminar a própria vida, como uma espécie de marketing anti suicídio.
Pesquisas apontam: quem cogita em se matar não está apenas falando da boca para fora. Pode, sim, executar a sua triste pretensão.
E por qual razão abordar o assunto suicídio?
É que há algum tempo, por conta do trabalho na literatura espírita, venho recebendo emails de pessoas dispostas a partir desta para uma pior. Uma delas diz que não mais agüenta o peso da existência, ainda não se matou por causa dos pais. Outra diz que não agüenta mais a solidão, enfim, os relatos são os mais diferentes, mas que em seu bojo trazem a tristeza, insatisfação e falta de fé da criatura diante da existência.
Em face da procura resolvemos pesquisar e trabalhar em uma obra sobre o suicídio. E, pasmem: os números são assustadores, mas por algumas razões não os repassaremos aqui. Entretanto, fico a refletir:
É preciso que façamos alguma coisa para exterminar ou diminuir o número de pessoas que chegam ao cúmulo do suicídio. O Espiritismo tem as respostas. Sua divulgação ajuda? Sim, e muito. Entretanto, pensemos seriamente em conversar e montar uma central para trabalhar especificamente com esses casos.
Como faremos? Questão de planejar. Dará trabalho? Com certeza. Todos sabemos que precisaremos de voluntários capacitados para identificar e lidar com o suicida em potencial. Teremos, portanto, que buscar conhecimento para qualificar nossos trabalhadores, assim como parcerias e visitar instituições que já oferecem este tipo de trabalho.
Não resta dúvida de que a Doutrina Espírita tem muito a colaborar para que o ser humano possa ser feliz o tanto quanto é possível neste planeta, deixando de lado a nefasta idéia de atentar contra a própria vida.
Vários livros foram escritos sobre o tema. Destaco, pela linguagem simples e acessível a todos a obra “Suicídio, tudo o que você precisa saber”, de Richard Simonetti.
Porém, é preciso fazer mais. Pensemos seriamente nestas questões. O desafio está lançado e o Espiritismo é um eficaz antídoto para os males humanos que ameaçam jogar a criatura no fundo do poço.
 Wellington Balbo (Bauru – SP)  
Wellington Balbo é autor do livro "Lições da História Humana", síntese biográfica de vultos da História, à luz do pensamento espírita, palestrante e dirigente espírita no Centro Espírita Joana D´Arc, em Bauru. 

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Aceitemos como somos

A busca da perfeição seja física moral ou espiritual pulsa em cada um de nós, de forma mais acentuada em uns que em outros, conforme a evolução de cada um. No entanto o conceito de perfeição varia imensamente, pois o que é perfeição para alguns não passa do início para outros.O que importa nesse processo de busca da perfeição verdadeira é a capacidade de aceitarmos e entendermos em que estágio estamos.Podemos considerar que estamos caminhando lentamente para  a perfeição 
de nós mesmos, aceitando o nosso momento atual e olhando para o futuro  com olhos de esperança e de fé, tanto em nós como no Cristo.O importante é conseguir ser feliz no caminho da busca que empenhamos, pois de outra forma ofreremos durante muito tempo. Temos que nos aceitar com todas as nossas imperfeições, com todos os nossos medos, com todas as nossas dúvidas, pois tudo isso faz parte do nosso aprendizado. Manter o foco em nós mesmos também é relevante, pois quando nos desviamos de nós e começamos a buscar  parâmetros nos outros para medir o nosso grau de perfeição, estamos perdidos, pois sempre haverá alguém pior do que nós e sempre haverão outros muito melhores, então esse exercício de comparação gerará infinita infelicidade.Assim, olhemos para nós com olhos de amor e de aceitação e vamos, no nosso tempo, buscando o esforço  para melhorarmos a cada dia.  
Subamos a escada de luz, degrau a degrau.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

A CURA NA VISÃO ESPÍRITA uma análise baseada nas curas de Jesus


A CURA NA VISÃO ESPÍRITA

uma análise baseada nas curas de Jesus
Andrei Moreira *

A cura na visão da OMS
A saúde, na definição da Organização Mundial da Saúde (OMS) está definida como um “estado de completo bem estar físico, psíquico e social e não meramente a ausência de doenças”. Essa definição, embora bastante ousada e vanguardista, data de 1949 e representa o ideal que todos nós perseguimos, mas que não conseguimos alcançar. Não conseguimos porque diante dos inúmeros desafios na vida, raros são aqueles que conseguem manter o equilíbrio em todas as áreas, quanto mais o completo bem estar, como pretende a OMS. A prática de saúde atual, a despeito de todos os avanços científicos, apresenta-se fragmentada e focada na super-especialização e no tecnicismo, e está muito longe de fornecer ao indivíduo recursos de auto-conhecimento, instrução e auto-amor que o capacite a sedimentar a busca pela saúde de forma eficaz e permanente, 
A cura na visão espírita
Na visão espírita, a saúde é entendida sob o prisma da imortalidade da alma e as experiências de vida como construções pessoais, intransferíveis. Emmanuel nos afirma que “Saúde é a harmonia da alma”, dando-nos a orientação precisa para compreender que o foco de atenção é o espírito imortal, viajante da eternidade, construtor de seu destino e mantenedor dos estados íntimos que constituem a saúde e a doença.
Harmonia significa sintonia com seu momento de vida, seu estágio de amadurecimento, suas necessidades psicológicas, sociais e biológicas, bem como integração com o meio e interação consciente e útil com a sociedade e o universo. Harmonia não depende de ausência de doenças, podendo se manifestar mesmo na presença destas. Chico Xavier trazia o corpo coberto de enfermidades e o coração pacificado em Deus, harmonizado com sua proposta e sua missão. Já Hitler, pegando os extremos como exemplo, trazia o corpo aparentemente saudável e a alma desarmonizada, desconectada com o seu papel no universo e em seu momento evolutivo. Harmonia representa o resultado do plantio, a resposta da vida à busca consciente por sentido e significado mais profundos, por entendimento de si mesmo e seu papel no atual contexto encarnatório, mas, sobretudo, a conseqüência natural das ações no bem particular e coletivo.
Joseph Gleber, no livro O Homem Sadio, nos propõe que ‘Saúde é a real conexão criatura-criador e a doença o contrário momentâneo de tal fato’, rementendo-nos a reflexão à relação do ser com o Pai, com a fonte de sabedoria e supremo amor. O apóstolo João nos informa que “aquele que não ama não conhece a Deus porque Deus é amor” (I João 4:8). Jesus, a manifestação direta do Pai, o“melhor e maior modelo dado por Deus aos homens (LE q625), nos advertiu que sadio, portanto, é aquele que ama, independente de sua crença, de sua posição social, econômica, política ou religiosa, visto que o amor é a síntese da ética cósmica, a própria expressão do criador, no qual “vivemosexistimos e nos movemos”, conforme asseverou Paulo de Tarso (Atos 17:28).
A cura, na visão espírita, é resultado de um movimento pessoal, de um encontro do ser consigo mesmo e com o Deus que habita em si. Ela é fruto do despertar gradual que o espírito realiza enquanto caminha em direção à morada do Pai (sua intimidade), retornando ao seio daquele que é todo justiça, poder e bondade. É resultado da harmonia que é conseqüente ao esforço de auto-superação e desenvolvimento das potencialidades amorosas da alma, virtudes divinas existentes em gérmen na intimidade humana.
A cura segundo Jesus
“E percorria Jesus toda a Galiléia, ensinando nas suas sinagogas, e pregando o evangelho do reino, e curando todas as enfermidades e moléstias no meio do povo...” (Mateus 4: 23). Se analisarmos a postura terapêutica do Cristo e suas curas, encontraremos farto material simbólico e arquetípico a nos direcionar o pensamento e o sentimento para a consciência de nosso papel co-criador e auto-curativo. Analisaremos cinco curas, de forma integrada, propondo uma visão possível dentre as inúmeras sugeridas pela ação crística.
Narra-nos o evangelista Marcos (Marcos 10: 46-52), que Jesus passava pela cidade de Jericó, acompanhado por grande multidão, quando um cego que mendigava à beira o caminho, de nome Bartimeu, o filho de Timeu, ouvindo que a turba se aproximava e que o messias nazareno se encontrava dentre eles, começou a clamar: Jesus, filho de Davi, tem misericórdia de mim. E clamava em altos brados e de tal forma que os que acompanhavam Jesus o advertiram para que não molestasse o mestre. Ele, tocado em suas fibras mais íntimas, sentindo certamente que seu momento de despertar espiritual era chegado, clama sem cessar até que o mestre, parando, manda que ele venha ter com ele. Interessante a postura de Jesus, que não vai até o cego, não se compadece do mendigo à maneira habitual, acreditando-lhe necessitado eterno. Ele ordena que ele, mesmo cego, levante-se e vá ter com ele, que se encontra no meio da multidão. Narra-nos o evangelista que Bartimeu, lançando de si a capa (tudo aquilo que encobria seu ser), levanta e vai ter com Jesus. O filho de Timeu, esquecendo-se de suas ilusórias limitações, levanta-se, mostra-se tal qual é, resgatando sua espontaneidade e naturalidade ao influxo da palavra do mestre e busca Jesus. Importante observação para todos aqueles que vivem a vida à semelhança do mendigo de Jericó, à espera da migalha alheia na forma de afeto, atenção, consideração e valor pessoal, sem conhecer as próprias capacidades e belezas, sem encarar a sua possibilidade de enfrentar a multidão dos seus desafios pessoais com otimismo e confiança em si mesmo e na vida. Tomar a iniciativa de buscar a Jesus é imprescindível atitude no caminho de reequilíbrio, pois o Cristo representa as leis divinas, a moral e a ética cósmica, transpessoal, capaz de nortear, como uma bússola segura, a nau que ameaça soçobrar nos mares da existência em busca de porto firme... Quando Bartimeu alcança Jesus, o divino pedagogo, conhecedor profundo da alma humana lhe questiona: que queres que te faça? Certamente que o Cristo, enviado celeste, sabia o que tinha para oferecer, mas àquele que busca a cura torna-se essencial a consciência do processo. Bartimeu tinha desejos, expectativas, visões que foram validadas pelo Mestre quando lhe questionou a que veio e o que desejava dele. E o filho de Timeu, tocado em sua alma pela sabedoria e maturidade lhe respondeu: Senhor, que eu veja... que eu possa enxergar os caminhos da vida por onde minhas pernas haverão de trilhar, por onde haverei de buscar a minha felicidade e a minha alegria, a realização de minha alma... Que eu veja os roteiros de luz que tu tens para me indicar a fim de que possa restabelecer a minha auto-estima e sedimentar a minha confiança na rocha firme das convicções profundas que me direcionem para a auto-sustentação e auto-gerência com dignidade e eficácia na busca pela felicidade... E as vistas de Bartimeu se abrem por ordem de Jesus, que afirma-lhe que a sua fé o havia salvado, o seu amadurecimento o havia libertado. Jesus representa o eterno amor de Deus disponibilizado para as criaturas, incondicionalmente, à espera de que estas possam usufruir desse estímulo e sustento divino na conquista de si mesmos.
Mas Jesus continua sua caminhada e vamos encontrá-lo agora na varanda do templo de Jerusalém, à beira do tanque de Betesda, ou piscina das ovelhas, como era conhecido aquele tanque cujas propriedades da água, acreditava-se, eram milagrosas. De tempos em tempos um anjo viria do alto a balançar as águas e o primeiro que lá dentro se atirasse seria curado de suas enfermidades. E essa crença era de tal forma arraigada naquele povo, que uma multidão se acotovelava naquelas paragens à espera de um milagre. Assim também a humanidade atual, que acredita que as respostas para seus dramas e a cura para as doenças do corpo e da alma virão exclusivamente de fora, da ciência, da psicologia ou da religião, e aguardam imóveis a solução miraculosa que as liberte de seu sofrimento e de seu vazio interior. Narra-nos o evangelista João (João 5: 1 – 15) que naquele local estava um homem que há 38 anos jazia enfermo,deitado sobre um catre, aguardando a cura de sua enfermidade. Jesus, em nova postura terapêutica, não aguarda seu pedido, não o conclama a vir até ele, mas reconhecendo a circunstância educativa em que o homem se inseria, vai até ele e chama-lhe pelo nome dizendo: queres ficar são?
O paralítico, ainda mergulhado na parcial ilusão de sua dependência, mas certamente já amadurecido pelos anos de enfermidade e reflexão, responde a Jesus que esse era seu desejo, mas tão logo o anjo balançava as águas da piscina, outro se atirava à sua frente e ele não conseguia a cura almejada. Vigora ainda hoje na humanidade a crença de que a cura, a felicidade e a realização são frutos de disputa e que uma vez o outro tendo conquistado-a não há espaço para conquistas semelhantes ou mesmo que as haja, a disputa, a inveja e a comparação destróem as melhores aspirações... Jesus, ignorando a ilusão na alma do doente lhe chama à ordem e ao equilíbrio determinando, com seu magnetismo vigoroso, que ele se levantasse, tomasse a sua cama e andasse. A paralisia é curada e o homem tem seus membros, dantes atrofiados, rejuvenescidos e agora vigorosos para caminhar pela vida com liberdade e consciência de seu papel e dever perante si mesmo, o outro e Deus.
Na seqüência da narrativa, Jesus encontra-lhe no templo, local dedicado à adoração ao Pai e o Cristo, percebendo-lhe em adoração íntima e verdadeira, presenteia-o e a nós todos com a lição magistral: “eis que já estás são (pois que reconectado ao criador); não tornes a pecar para que não te suceda algo pior”. O pecado, quando exprimido por Jesus, segundo estudiosos, tinha sentido bem diferente do que entendemos hoje. A palavra hebraica que o originou, traduzida para o grego, segundo o teólogo Jean Yves Leloup, dizia-se Hamartia, que ‘em sentido literal significa: perder o eixo, o centro, visar ao largo, ao lado, estar fora do alvo”. Assim como ele advertiu a mulher considerada adúltera (João 8:3-11), mostrando-lhe a ausência de julgamento exterior e integrando-a na posse consciente de sua experiência de vida, para que fosse e não pecasse mais, ele advertiu ao ex-paralítico da piscina e a todos nós, para que diante dos insucessos de nossos caminhos evolutivos, não nos deixássemos dominar pela culpa, orgulho e desânimo, recomeçando sempre a busca pela cura de nossas almas e o encontro da paz. Ao ex-paralítico Jesus pareceu querer dizer que agora que suas pernas estavam reabilitadas e seu coração entregue ao Senhor, que ele redimensionasse seus objetivos, propósitos e instrumentos para alcançar os alvos destinados pelo seu interesse e coração, na conquista da felicidade permanente em sua alma. Sem culpas, sem medos, sem amarras, mas com coragem, que, literalmente, significa agir com o coração. Percebemos aqui que o olhar restabelecido no cego de Jericó tem a continuidade nas pernas revitalizadas na piscina de Betesda. Mas Jesus prossegue e não pára por aí...
Em Lucas 17:11-19 vamos encontrar o mestre diante de dez leprosos, os portadores antigos do mal de Hansen da atualidade, infecção bacteriana pelo bacilo de Koch que naquela época era desconhecida. Essa doença caracteriza-se por afetar, predominantemente, o sistema nervoso e tegumentar (a pele e camadas mais superficiais), gerando lesões de grande impacto e sofrimento, nas fases mais avançadas da doença. Sem acesso à real compreensão da moléstia, os portadores da Lepra eram discriminados e estigmatizados pela sociedade, que os considerava impuros e os proscrevia em sociedades isoladas da comunidade majoritária, nos chamados vales dos leprosos, onde sofriam na solidão e no quase total abandono o avanço da doença. Aqueles doentes observavam Jesus de longe, sem coragem de se aproximarem, seguindo os preceitos sociais da época. O Cristo, em nova postura terapêutica, vendo-os se compadece e manda que eles se dirijam ao sacerdote e a ele se apresentem. Mandava a lei mosaica que quando um leproso fosse curado pelo poder divino, que ele devia se apresentar ao sacerdote para que fosse considerado purificado e pudesse se reinserir na sociedade de origem. Enquanto se dirigiam para o templo, ficaram curados e se maravilharam disso. Dos dez, apenas um retornou a agradecer ao senhor e a bendizer-lhe a intervenção divina. Jesus, vendo-o, questionou: não foram dez os curados? Onde estão os outros nove? E sem aguardar resposta disse: vá, a tua fé te curou. Embora a intervenção do alto se dê indistintamente, poucos são aqueles que cogitam de cura real e aproveitam das divinas concessões para purificar a alma nos caminhos da vida. O amor de Deus, disponível a justos e injustos, testemunha aquilo que Jesus afirmou, ao repetir as palavras do profeta Oséias: “misericórdia quero, e não sacrifício” (Oséias 6:6 e Mateus 9:13). A Hanseníase, nesse contexto, simboliza tudo aquilo que isola e afasta o homem do convívio sadio com os seus, com a sociedade de que faz parte, no cumprimento de seu papel e sua missão. A pele é símbolo da troca, do afeto. É o que nos limita e nos separa do outro, mas também é a fonte da sensibilidade e da percepção a interação com o meio, bem como o sistema nervoso representa a fonte de orientação e ação, o guia e controlador do corpo.
Nessa interpretação, os hansenianos simbolizam a doença da separatividade, do isolamento, do preconceito e discriminação, em todas as formas que ela se apresente. Curando-os, Jesus convida a toda a sociedade a se reinserir no seu papel co-criador, a curar as relações que são a fonte da vida e se restabelecer na expressão da sensibilidade e do afeto inerentes às almas que se conectam com a fonte de compaixão, ternura e misericórdia que emana do Pai. Diante do olhar curado de Bartimeu, para enxergar a vida, das pernas restabelecidas do paralitico da piscina de Betesda para caminhar pela vida, Jesus nos direciona os passos convidando o candidato à cura real do espírito a assumir seu papel social como um digno representante de Deus, como um ser consciente que implementa ações transformadoras pelo afeto, que foca nas relações investido de alteridade verdadeira e que busca a sua realização na capacidade de interagir ofertando o seu melhor.
Jesus prossegue o seu caminho e agora vamos percebê-lo na região de Gadara(Mateus 8: 28-34), a encontrar os enfermos que estavam possessos e viviam nos sepulcros, tomados por uma legião de espíritos que com eles se afinizava e entrava em sintonia. Jesus, em postura terapêutica singular, não lhes dá conversa, não perdendo tempo com o mal temporário e apesar de seus protestos liberta os enfermos que haviam cedido a sua vontade à dominação da vontade alheia, pela concordância e aceitação dos pensamentos, ações e sentimentos inspirados, deixando à legião de espíritos transviados no mal a companhia da manada de porcos, símbolo da queda moral, que, perturbada pela vibração adoecida daqueles seres, se agita, precipitando-se no mar. A possessão, representando o estágio máximo do fenômeno obsessivo, simboliza a letargia espiritual, a rebeldia e a dor de estar apartado do bem e da paz. Chama-nos Jesus a atenção para a conseqüência do afastamento do bem e a intensidade de desequilíbrio a que se arroja o ser quando se desvia do amor e dos esforços por conquistá-lo. O mal, sem ter existência real, assim como a sombra, desaparece ao raiar o dia na alma do filho de Deus que deseja reencontrar-se e assumir seu destino com consciência e integridade. A liberdade relativa dada por Deus aos homens limita-se na escolha dos mecanismos de amor e de amar, visto que só há liberdade verdadeira para o bem. Quando nos transviamos na maldade ou na crueldade para conosco mesmo ou para com nosso semelhante, a vida aciona mecanismos automáticos de retorno ao equilíbrio, fazendo a separação do joio e do trigo, ainda que por meio da dor. Jesus simboliza nessa passagem, a intervenção misericordiosa de Deus pondo termo ao conluio de mentes e vontades adoecidas devido ao afastamento do bem. Libertando os endemoniados gadarenos, o Cristo convida a humanidade esclarecida a exercer a sua liberdade para o usufruto dos dons divinos, no exercício da criatividade elevada para o belo e para o bem, a serviço da educação espiritual do ser humano. O olhar de Bartimeu que enxerga os caminhos, que caminha nas pernas do paralítico da piscina de Betesda, a caminho da inserção social necessária e profícua, é agora individualizada na edificação da identidade sagrada e única do filho de Deus que desperta para seguir louvando ao senhor em seus testemunhos diários.
Finalmente, o evangelista nos apresenta a cena em que o Mestre, em dia de sábado, encontra-se no templo a louvar a Deus e desejoso de dar uma lição importante à hipocrisia religiosa dominante naquela época e em todas as épocas, cura o jovem que tinha a mão mirrada dizendo: abra-te, e ela se abriu (Lucas 6: 6 – 11). Feliz é a alma que se encontra no reconhecimento da grandeza do senhor e se identifica com ela, louvando a Deus em toda parte. Mas Jesus testemunha que mais feliz ainda são aqueles que, adorando ao senhor, não se circunscrevem à adoração dos lábios e das atitudes inúteis, fazendo da sua comunhão com o Pai um exercício de fé, vitalidade e amor prático a serviço do semelhante, a serviço do alívio da dor humana e do cultivo do otimismo e da esperança nos corações necessitados. Abrindo a mão do jovem no templo, o senhor sintetiza a proposta de cura do evangelho sugerindo-nos que o adorador de Deus abre as mãos na direção do seu irmão, estabelecendo ligações, conectando as almas e sentindo a todos como família irmanada em Deus, nosso Pai. 
Conclusão

Enxergar, caminhar, interagir e integrar, individualizar e finalmente servir, eis a síntese luminosa da proposta de cura da alma expressa no evangelho para o filho pródigo que retorna à casa paterna, em busca de aconchego, trabalho e consideração.“Vai, a tua fé te curou”, representa o coroamento de um trabalho longo de auto-burilamento, auto-consciência e superação pessoal na direção do alvo sagrado da renovação de alma para a felicidade almejada. O amparo divino não escasseia em nenhum tempo e em nenhuma época, sendo abundante fonte de nutrição e consolo, estímulo e sustento na caminhada de todo filho de Deus. Ecoa em nossos ouvidos a mensagem do Cristo aos apóstolos, diante das dificuldades e limitações da jornada a afirmar: “eis que estarei até o fim convosco”; “Aquele que perseverar até o fim será salvo”, dando-nos a exata noção da responsabilidade que nos é devida e da misericórdia que nos é concedida diuturnamente.
A visão de saúde da Organização Mundial de Saúde e a proposta espírita se interlaçam na busca pela harmonia da alma e o equilíbrio dinâmico do bem estar holístico. O Espiritismo, enquanto ciência do espírito, nos convida à individualização com Jesus, na renovação do homem velho em homem novo, vitalizado pela revelação da boa nova e as vibrações do amor. Como conseqüência desse movimento de cura interior nasce o homem de bem, que vencendo as suas dores interiores, parceiras ainda presentes no atual estágio de saúde possível ao homem da Terra, mostra-se comprometido com o coletivo, com a utilidade geral, consciente de si mesmo e conectado à fonte suprema, bebendo da fonte sagrada da inspiração superior e atento ao questionamento do mestre aos discípulos despertos para as verdades superiores da vida: e Tu, (diante da cura que construístes e conquistaste) que fazeis de especial (Mateus 5:47) ?
* Médico generalista integrante de uma equipe do PSF em BH/MG
Presidente da Associação Médico-Espírita de MG

 
Fontes

1) A Bíblia Sagrada – tradução de João Ferreira de Almeida
2) O Consolador – Emmanuel/Francisco Cândido Xavier, Ed. Feb
3) O Homem Sadio, uma nova visão – autores diversos, psicografia de Alcione Albuquerque e Roberto Lúcio Vieira de Souza, Ed. Fonte Viva
4) O Livro dos Espíritos – Allan Kardec
5) O Romance de Maria Madalena – Jean Yves Leloup, Ed. Vozes
6) Preamble to the Constitution of the World Health Organization as adopted by the International Health Conference, New York, 19-22 June, 1946; signed on 22 July 1946 by the representatives of 61 States (Official Records of the World Health Organization, no. 2, p. 100) and entered into force on 7 April 1948.
endereço: www.amemg.com.br

Palestras da Yara

Palestras Espíritas proferidas por Yara Moraes Rapini Zalaf